Descalço sinto o chão gelado sob meus pés.
Por entre cômodos vazios percorro minha procissão.
Absorto e envolto em pensamento...
Perco as horas em minha rotina perene.
A madrugada é companheira silenciosa.
Como quem já cansou de ouvir lamúrias.
Está ela lá, altiva, mas jamais ingerente...
Onipresente ela apenas vê e mais nada...
As noites por vezes parecem sem fim.
E sem fim são os anseios.
Sem fim são minhas considerações.
Que se derramam por sobre meu pesar.
É estar acordado e ainda sim entorpecido.
É a letargia de viver mais horas que um normal.
É desejar o que se parece inalcançável.
É querer dormir e simplesmente não conseguir...
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