Bastaram nossos olhos se cruzarem pela primeira vez para que minha cabeça não quisesse pensar em nada mais além do seu rosto.
Palavras trocadas, gestos medidos e aquela angústia de poder ter feito algo que não agradasse.
Um momento, uma vez mais silêncio. Eis que então o telefone toca. E por entre aquele emaranhado de fios, aquela voz que parece me eximir de qualquer erro.
Seria essa uma aprovação? Ou uma provocação? Entre dúvidas e aflições vão os pensamentos com profundidade ocupando cada minuto do meu dia.
Viciante como uma droga e certeiro como um tiro são as memórias daquele beijo quente, que por uma ironia do destino causou frio na barriga e tremor nas pernas.
Todos os meus sentidos são seus. Nenhum cheiro consegue ser tão cheiroso quanto o seu. Inebriante, incessante, quente. Como tudo o que se precisa em uma manhã de frio.
Ah as manhãs, que quando ao seu lado, na cama, são pequenos pedaços da eternidade. Eternidade essa onde existe apenas eu e você e todo o resto, mas o resto, de nada vale e pouco tem cor sem que sejam vividos ao seu lado...
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