domingo, 28 de agosto de 2011

O motociclismo no Brasil

Estava lendo uma matéria excelente sobre motociclismo no sítio Motonauta que abordava, grosso modo, a deficiência na formação e manutenção de um motociclista.
Fiz um comentário lá sobre o fato de a auto escola não ter me preparado para pilotar. Mês passado eu finalmente adquiri minha Prima 150 e devo admitir que estou apaixonado pela motoneta, porém, ao pilotá-la pela primeira vez (faz oito anos que não piloto nada) percebi o quão defasada estava minhas habilidade. Pensei em procurar um curso perto de minha casa ou do meu trabalho. Fiquei pasmo. Não encontrei. As auto escolas que procurei informaram que não possuíam um curso específico para os já habilitados.
Não sou uma ameça no trânsito quando guio minha motoneta, mesmo porque anos e anos dirigindo automóvel me ensinaram algumas coisas que até podem ser usadas em cima de uma moto, mas não chega nem perto do que de fato eu necessito. Ando aos finais de semana e percebo uma leve melhora na maneira de guiar. Procuro ler muito principalmente em sítios especializados em scooters porque estes não são nem de perto parecidos com motocicletas no guiar, mas ainda assim gostaria de aprender mais e com pessoas especializadas. Pena não encontrá-las.
Esta falta de profissionais qualificados e cursos específicos me remeteram a um pensamento um tanto quanto intrigante: como as montadoras de ciclomotores são relapsas e inertes. O primeiro ponto que enxergo como um pecado mortal desta indústria é o fato de não haver um marketing incisivo no uso de motocicletas. Se ligarmos a televisão veremos em um curto espaço de tempo comerciais sobre automóveis. Se ficarmos muito tempo assistindo perceberemos que a quantidade destes comerciais, se comparados com os de motos, é muito maior. As montadoras deveriam exemplificar e até comparar as motos com automóveis. Com a implementação do PROMOT 4 muitas motocicletas, além de já consumirem menos do que um carro, passarão a poluir menos também. Poucas pessoas sabem disso. As população em geral não sabe que na Europa, principalmente nos grandes centros urbanos não entram carros, só motos. E que em determinados países não é necessária a habilitação para motocicletas de até 125 cilindradas.
O por quê eu citei estes fatos? Citei-os para mostrar que o que é visto como o demônio sobre duas rodas aqui no Brasil é considerado a solução para os quilômetros de congestionamentos nos países desenvolvidos.
Outro ponto em que a indústria ciclomotora falha é no do acompanhamento do motociclista. O que viria a ser este acompanhamento? Darei como exemplo o curso de pilotagem que até onde eu saiba, somente a Honda oferece. As demais montadoras deveriam ter a mesma iniciativa junto a seus clientes e possíveis cliente. Além de passar a imagem de preocupação com a formação do condutor a iniciativa agrega valor a marca e coloca melhores pilotos nas ruas.
Sei que sou exagerado e penso em situações ideais. Acredito que uma melhor divulgação do produto motocicleta e uma melhor formação de seus condutores pode de fato mostrar a sociedade os benefícios que a moto tem e não apenas os malefícios como o que acontece hoje em dia.




* Imagem retirada do site www.zaroio.com.br


Nenhum comentário: