Ontem, vi na internet uma notícia sobre Itaquaquecetuba, cidade onde resido. Quando Itaquá aparece nas manchetes geralmente é desgraça. São sempre notícias de roubos, assassinatos, estupros e por aí vai. Contudo, a desgraça de ontem foi digamos assim, inusitada. O aterro sanitário da cidade explodiu. Entramos em um novo patamar de calamidades. Se Nova York, Japão e Chernobyl tem suas explosões nós, como cidade de primeiro mundo, também temos as nossas.
Chacotas a parte, é de conhecimento ao menos aqui na região que este aterro funcionava por meio de liminares. Vi no telejornal hoje pela manhã que passava de oitenta as ordens de intervenção deste local. Isso me faz pensar sobre o que exatamente passa pela cabeça de um juiz ao expedir uma liminar para funcionamento de um local em que um órgão com competência técnica, no caso a cetesb, interditou.
Este aterro não atende somente a cidade de Itaquá, mas as cidades vizinhas também como por exemplo Mogi das Cruzes e Poá. Estas cidades, de acordo com reportagem do site Diário do Alto Tietê (jornal aqui da região) não sabem ainda o que farão com seus resíduos.
Não entendo nada de química mas sei que detritos orgânicos, quando amontoados produzem gás. Não seria mais inteligente, ao invés de se produzir explosões, canalizar tal produto e vendê-lo. Geraria renda, geraria empregos, daria utilidade ao lixo e evitaria calamidades como esta que ocorreu. Mas infelizmente, para que isso acontecesse seria necessário vontade política e essa é difícil de se manifestar fora da época eleitoral. Aguardemos para ver no que vai dar - ou a próxima explosão.
Olhando deste ângulo, parece até arrumadinho o aterro.
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