sábado, 2 de abril de 2011

Brasil, um país sem futuro

Estava lendo na coluna de Mauro Jardim na Veja que o mercado imobiliário está preocupado com a escassez de mão de obra. De acordo com o estudo de um economista os mais jovens não se interessam mais por trabalhos braçais. O motivo, de acordo com tal economista seria o fato de que hoje, os jovens teriam um melhor nível de estudo do que se tinha antigamente.
É sabido que ao menos aqui no estado de São Paulo a progressão continuada vem causando uma catástrofe na formação dos alunos. Muitos, aos dezessete anos mal sabem ler um anúncio de jornal. Somado a isso, há a exposição excessiva destes indivíduos a internet, que com sua "riqueza" de vocábulos e trabalhos prontos corrobora para o tal melhor nível de estudos a que se refere o economista da reportagem.
O brasileiro não tem educação e agora não quer saber de trabalhar. A construção civil, antes considerada carreira para os incultos, hoje sofre. O estigma criado pela sociedade sobre as profissões de "pião" culminaram no não interesse por determinados postos de trabalho. Imagine um jovem de seus vinte anos de idade chegando na faculdade e dizendo que é pedreiro ou então encanador. Este seria alvo de chacotas dos colegas: Olha lá o "pião".
Engana- se o economista quanto ao nível de estudos. Brasileiro gosta de sossego. Trabalhar pouco e ganhar muito, mandar nos outros. Se houvesse por parte dos jovens vontade de ampliar os conhecimentos e ter profissões melhores as turmas de administração de empresas jamais formaria mais profissionais que as de engenharia. Como disse anteriormente: brasileiro gosta de mandar.
Hoje, já importamos engenheiros e futuramente passaremos a importar pedreiros porque a verdade é uma só: A maioria das pessoas no Brasil não gosta de estudar e nem de trabalhar. Os projetos sociais em nosso pais são assistencialistas até demais. Temos o cúmulo dos bolsa alguma coisa e depois não se entende o por quê de se gastar quatro mil Reais com um presidiário ao invés de se gastar esta mesma quantia por exemplo em cursos medicina para jovens carentes ou que se envolveram com crimes e estão nos internatos para menores delinqüentes país a fora.
Algumas vezes acredito ter nascido no lugar errado, em outras, me pergunto se países desenvolvidos passam, ou passaram por essa mesma situação.
Enquanto escrevo este texto passa um carro na rua com o som ligado no máximo. A música não poderia ser outra, funk. Este é o aumento de cultura que os jovens de hoje tiveram. Não respeitam aos outros, nem a si mesmos. Não querem estudar e agora, nem trabalhar. Este é o país do futuro.


Quem mandou discriminar a categoria. Agora o setor da construção civil está nas mãos deles.

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