sábado, 13 de agosto de 2011

Fundamentalismo religioso no Brasil



Estava lendo o site do Jornal da Tarde de hoje e vi uma matéria sobre a pregação religiosa nos trens da CPTM aqui em São Paulo.
Já faz um bom tempo que não uso trem para ir ao trabalho, mas me lembro do quão incomodo era voltar cansado, dentro daquele vagão lotado, tendo que ouvir um pastor aos berros tentando converte a todos.
Respeito o credo de todos e entendo que a religião é necessária ao ser humano aja visto que todas tem em comum ensinamentos de paz e amor. Contudo, o movimento evangélico parece estar a parte. Em suas igrejas a gritos e musicas em alto volume. Eles pregam nos trens, ônibus e onde eles bem entenderem que devem. Não respeitam as demais religiões e discriminam quem não faz parte do seu credo.
Duvido muito que em um trem lotado, um evangélico não se incomodaria se um umbandista, um espiritista, ou um budista começasse a pregar sobre sua religião.
Não são todos os evangélicos, mas a grande maioria trata os demais como se estes, por não compartilharem da mesma religião, estivessem perdidos. Uma frase muito comum neste meio é referir-se aos não evangélicos como aqueles que "estão no mundão". Além de discriminatória enxergo o termo como algo extremamente pejorativo. É como se ser evangélico fosse sinônimo de salvação e ser católico por exemplo, de danação.
A maioria das igrejas evangélicas não respeitam seus vizinhos. Aqueles não evangélicos que residem perto de uma sabem do que estou falando. Pastores berrando, musicas cantadas aos gritos e com instrumentos desafinados e mal tocados fazem parte da rotina nos dias de cultos. Você não pode assistir a televisão, não pode ouvir musica, não pode usar o computador. Você é compelido, obrigado a ouvir o sermão do pastor dentro da sua casa mesmo que você não queira.
O fundamentalismo religioso é um mal na sociedade mundial. O Islã foi o berço da matemática e da medicina. Chegaram a ser mais desenvolvidos que o ocidente, mas hoje, o que se vê é um povo subjugado pela religião, muito aquém do que já fora um dia. Existem brigas entre grupos dentro do mesmo credo, é xiitita contra sunita e todos contra o mundo.
Menos radicais, mas ainda assim propensos ao fundamentalismo são os Judeus, que aliás, da mesma forma que os Islâmicos possui dois grupos distintos. Conheço pouco sobre os ortodoxos, mas pelo pouco que sei, seu relacionamento com os judeus comuns não é lá muito amistoso.
Aqui no Brasil as coisas caminham para este mesmo destino. Sei que um dia verei luta por conta de religião aqui também. E sei que aí sim estaremos todos indo de fato para o inferno indiferente do credo.

Obs: O trem da CPTM será a carruagem que nos conduzirá as profundas.

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