Ontem, lendo ao jornal, vi que o Brasil concorrerá novamente ao oscar de melhor filme estrangeiro. O filme que concorrerá ´tem como nome “Salve Geral”, e sobre o que ele fala? sobre a cultura nacional? sobre as belezas da natureza? sobre o que o Brasil tem de melhor? Não, nada disso. O representante nacional no oscar narra os eventos ocorridos em São Paulo no ano de 2006 quando a facção criminosa PCC parou a maior cidade da américa latina.
Somos mestres em denegrir nossa imagem. Os representantes anteriores do Brasil no oscar não fogem muito do tema: Tropa de Elite, Cidade de Deus e por aí vai. Se nos idos dos anos 70 éramos conhecidos como o pais da putaria (vide os filmes da época em que peitinho na tela era pré-requisito básico), hoje somos conhecidos como o pais da anarquia, desgoverno e caos, graças aos nossos queridos cineastas.
Sim, concordo que os filmes citados representam uma parcela da realidade vivida no país e entendo que certas mazelas devem ser mostradas para que aja uma reflexão do que acontece com nossa sociedade, mas daí a ter estes problemas representando o Brasil lá fora.
A alguns dias atrás, estava sem sono e comecei assistir na televisão o programa Roda Viva da Cultura. A entrevistada na ocasião era uma escritora chinesa cujo nome não me recordo. Em certo momento da entrevista foi questionado a entrevistada qual era a visão que os chineses tinham do Brasil. Ela respondeu que quando disse aos seus amigos e parentes que viria para o Brasil, muitos deles disseram que era um país violento e alguns pediram para que ela não fosse. Ela então disse que desceu no Rio de Janeiro e andou de ônibus pela cidade toda e não viu algo que desabonasse o Rio em questão de violência. Beira o absurdo, cidadãos de um país truculento que extermina tibetanos e outras etnias dizer que há um paí mais violento.
A máxima: não ligo para o que os outros falam, parece aplicar-se muito bem ao Brasil quando exporta uma imagem negativa de si para o mundo, entretanto, ao ouvir o que os outros falam os brasileiros acabam reclamando e querendo colocar a culpa nos estrangeiros malvados que nos pejoram sem razão, afinal de contas, é sempre mais fácil colocar a culpa nos outros do que em nós mesmos.
Tira o zóio tiozinho
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